sexta-feira, 31 de maio de 2013


A cidade tem um muitos defeitos, mas o pior deles é a capacidade que ela tem de marginalizar, com extrema facilidade, as pessoas. A cidade é o terreno do anonimato e do gueto. A cidade destrói qualquer possibilidade de solidariedade. A cidade desenraíza as pessoas, não soluciona e até agrava problemas como a pobreza e o desemprego. Os excluídos só encontram solidariedade entre os seus iguais e em abrigos. Hoje, cada canto serve de refúgio para os dependentes de tudo - e que não têm nada. Essas pessoas não vivem, se escondem. Se escondem dos cidadãos de bem, que os veem como uma ameaça. Na verdade, todos nós, inclusive os que vivem sob os escombros, que também fazem parte da sociedade, somos exemplos da decrepitude urbana, o espelho de outros tempos e a morte de muitos sonhos.

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