Sou assim meio estranho, meio esquisito, meio desconfiado, meio fechado, meio triste, meio arisco. E mesmo com tantos meios me considero um homem por inteiro. E mesmo que me cortem pelo meio, permanecem inteiros todos os meios. Não é possível ser diferente. Sou feito de todos os meios e, portanto, imperfeito.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Guardo todas as minha memórias no bolso. Não penso, não choro, tento fugir do medo. Não sussurro baixinho os meus segredos. Escrevo com mágoa, descrevo paixões mal resolvidas, despejo suspiros escondidos. A memória é a fome vivida, é a dor traída. A memória é a alma estampada no papel. Junto todas as folhas e as jogo bem alto no ar, memórias caídas do céu, sem tempo, sem espaço, sem sentido, volto a pegar folha por folha, sem organizar ou olhar. Leio de mente aberta cada pedaço de minha vida. Todos nós somos memórias, todos nós somos passado.
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