O amor me faz fechar os olhos. O amor decreta a suspenção
de circulação do meu sangue. O amor fecha-se sobre sí próprio, fecha os
olhos, fecha o acesso a tantas memórias que se engalfinham na entrada
da alma, petrifica o tempo - horas incandescentes - causa gemidos. O
amor arde como um candelabro de oito braços, uma árvore viva de raízes
enlaçadas que deixam o corpo em brasa.
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