segunda-feira, 1 de abril de 2013

Gosto de Santo Antônio, das bruxas, do demônio. Não gosto, da alegria volúvel misturada à luz do dia. Prefiro a noite escura e fria, o claro-escuro. Amo a luxúria, que ultrapassa muros impossíveis, vai além da consciência e explora os recantos mais terríveis e obscuros. Não acredito em anjos. No silêncio misterioso e profundo, encontro minha musa soberba e confusa, uma bruxa medonha e estranha, um Diabo com patas de cabra, de face torta e macabra. Mas, se olhá-la com mais atenção, descobrirei um cisne na sombra, alva como a neve, suave como o crepúsculo, cândida como a prata banhada de Sol. A beleza é a meia-noite nua, a luz, a luz decapitada.

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