“Horas seguidas a presenciar pelo caminho a crispação nacional ao
volante, frenética, agressiva, criminosa. De quilômetro em quilômetro,
um carro espatifado. Latas amolgadas, estilhaços de vidro, sangue – o
espólio catastrófico de uma irresponsabilidade coletiva que só no fundo
do abismo pode encontrar paz.” Este texto de Miguel Torga, escrito em
1975, serve para os nossos tempos e para a irresponsabilidade criminosa
com que muita gente se mete na estrada, no verão quente de 1975, como em
qualquer estação de qualquer ano do século 21.
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